Edição virtual do evento contou com a participação de projetos de extensão de várias áreas do conhecimento 

Uma extensão atuante e presente na comunidade, mesmo com o distanciamento social. Foi o que a última edição do ano do projeto UnB Perto de Você tentou mostrar. Compartilhando experiências e resultados alcançados no ano de 2020, em meio à pandemia da Covid-19, projetos de extensão de diversas áreas – incluindo educação, saúde, biologia e engenharias – participaram dos três dias de evento.   

 

A atividade foi transmitida pelo canal da Extensão no YouTube e pode ser assistida na íntegra. O UnB Perto de Você teve quatro edições presenciais antes da pandemia da Covid-19. O projeto propõe visitas a espaços públicos do DF e Entorno para divulgar a excelência e o compromisso social da Universidade, aproximando o público da instituição. Foram realizadas edições no Conic, Parque da Cidade e Planaltina. 

 

“Aqueles que estão fora do espaço da universidade podem até imaginar que não estamos atuando”, disse a professora Olgamir Amancia, decana de Extensão da UnB. “Nós sabemos que as Instituições de Ensino Superior Brasil afora estão atuando permanentemente na expectativa de contribuir para a sociedade atravessar esse momento”. 

 

“Na extensão, não fizemos diferente. Temos procurado atuar mesmo à distância para mostrar que as respostas vêm da ciência”, disse a professora. 

 

Extensão e Covid-19 – A professora Sílvia Ribeiro, convidada para falar sobre o processo de inserção curricular da extensão, destacou a mudança na relação com a sociedade a partir da pandemia: “Quando a fala de interação, a gente pensa em interação física, no encontro. De repente, tivemos que mudar”, disse a coordenadora de Extensão da faculdade de Ciências da Saúde (FCS). 

 

O projeto Universidade e Escola Sem Muros existe desde 2017, e atua com o Centro de Ensino Fundamental 801, do Recanto das Emas. Tocando o projeto longe das crianças com quem trabalhavam, a extensionista Jucy Ellen falou sobre as dificuldades de trabalhar pela internet, que acaba não alcançando todo o público. Eles já utilizavam as redes sociais, e passaram a das dicas de leituras e fazer lives semanais em um canal do YouTube. 

 

“Nosso trabalho sempre foi muito presencial, com contato e troca de experiências. Estar nas redes não substitui estar presente, mas é uma forma de resgatar memórias”, diz. 

 

O Coletivo Terra em Cena articula coletivos de teatro e audiovisual que atuam em comunidades da reforma agrária e quilombolas, reunindo professores da UnB, da rede pública do DF, estudantes de Licenciaturas em Educação do Campo (UnB), entre outros. Rafael Villas Bôas, coordenador do projeto Terra em Cena, comentou com orgulho a campanha e eleição, mesmo durante a pandemia,  do primeiro prefeito de origem quilombola da cidade de Cavalcante-GO, Vilmar Kalunga. Vilmar fez parte da segunda turma de Licenciatura em Educação no Campo. 

 

O modo de atuação do projeto, antes muito presencial, mudou bastante. A avaliação é de que atividades síncronas seriam difíceis de ser realizadas, por conta da desigualdade de acesso à internet. Por isso, a aposta foi em processos formativos que poderiam ser visualizados depois. Comemorando 10 anos de atuação em 2020, o projeto construiu ciclos de formação com professores das escolas que fazem parte da rede, grupos de estudo e vídeos. 

 

“O sucesso ou o fracasso não é definido pela quantidade de visualizações, mas o importante é produzir um material de qualidade que fique disponível”, avalia. 

 

Ajudando os profissionais da linha de frente do combate à Covid-19, os extensionistas do Laboratório Aberto de Brasília da Faculdade de Tecnologia (FT/UnB) participaram da produção e distribuição de faceshields. Luisa Bueno, estudante de Engenharia Mecatrônica destacou que o objetivo do projeto é formar engenheiros que ajudem a resolver problemas reais da população. 

 

Preocupados com a desinformação em torno do coronavírus, professores de projetos diferentes se propuseram a trabalhar pela divulgação de pesquisas de qualidade em uma linguagem mais acessível para a população. 

 

Já a professora Fabiana Brandão se incomodou com falácias que surgiam em grupos do Whatsapp ou em redes sociais. Por isso, ela elaborou uma cartilha para sua família e para vizinhos do seu condomínio, com pequeno alcance. “As informações mentirosas continuavam, então chamei um grupo de alunos, não só da UnB, para traduzir isso para a população”. A partiu daí surgiu um Ebook sobre Covid-19. 

 

Rafael Maior, do projeto BioUnB Para Você, sentiu a necessidade de interpretar de maneira clara informações sobre a Covid-19 a partir de artigos científicos. Com outros professores do Instituto de Biologia, ele compartilha informações nas redes sociais: “sempre tivemos interesse em participar mais da divulgação científica”. 

 

Assista: 

 

Mesa 1 – Educação e seus desdobramentos durante a pandemia (09/12): 

 

 

Mesa 2 – Covid-19 e seus desdobramentos (10/12): 

 

 

Mesa 3 – Adaptação e criação de projetos em tempos de pandemia (11/12): 

 

 

ATENÇÃO O conteúdo dos artigos é de responsabilidade do autor e expressa sua visão sobre assuntos atuais. Os textos podem ser reproduzidos em qualquer tipo de mídia desde que sejam citados os créditos do autor. Edições ou alterações só podem ser feitas com autorização do autor.