Atrações estão abertas para visitação de toda a comunidade

Os visitantes podem ver a réplica da ossada de dinossauro encontrada em 2009 e que atualmente é estudada na FUP. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

Na última terça-feira (7), o Museu de Biologia da Universidade de Brasília (MBio/UnB) inaugurou duas novas atrações. As exposições Jardim do Cretáceo e Jardim do Cerrado estão agora disponíveis para visitação de toda a comunidade. As exposições estão localizadas dentro do corredor principal do Instituto de Ciências Biológicas (IB), do campus Darcy Ribeiro, Asa Norte.

 

A inauguração aconteceu ao longo do evento Desvendando a vida: semana do ensino e da divulgação científica, do MBio. O encontro visa divulgar a ciência, em particular a biologia, de forma clara, inovadora e lúdica, buscando enriquecer o espaço educacional do Distrito Federal. Conta com diversas atividades como palestras e minicursos, para debater importância e desafios do ensino, pesquisa e divulgação científica em espaços formais e não formais.

 

>> Acesse a programação da Desvendando a vida: Semana do Ensino e da Divulgação Científica

 

Dentro da programação, aconteceu a palestra Desvendando a vida: uma jornada pelo Museu de Biologia da UnB e suas exposições. Apresentada pela professora Julia Klaczko, contou sobre todo o trabalho realizado para lançar as novas atrações e a importância do museu.

A inauguração contou com mesa de abertura, além do tradicional corte da fita. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

“Para combatermos esse momento negacionista e para conservarmos a natureza, precisamos da educação. E precisamos fazer com que as pessoas, principalmente as crianças, se encantem pela natureza e se apaixonem pelo meio ambiente. O melhor lugar para fazer isso, além da sala de aula, são os museus. Eles possuem papel muito importante no ensino não formal, interativo e lúdico. Fazem uma ponte entre educação e divulgação científica”, contou a professora e diretora do MBio.

 

Após a palestra, houve a mesa de abertura da inauguração das novas exposições. Além de Júlia Klaczko, estiveram presentes Rodrigo Santucci, professor da UnB; Andréa Cristina dos Santos, coordenadora do Laboratório de Aberto de Brasília; Luiz Eduardo Blum, diretor do IB; Abimael Costa, decano de Administração; Renata Vianna, chefe da Superintendência Científica, Tecnológica e de Inovação (SUCTI) da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP/DF); e Guilhermo Vilas Boas, diretor do Programa de Pesquisa em Educação, Popularização e Divulgação Científica, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

 

“Percebi nesse projeto que temos na prática um bom exemplo de interdisciplinaridade. A cada contribuição de estudantes de Biologia, Museologia, Arquitetura, Comunicação, entre outros, para a construção e manutenção do museu, a Universidade de Brasília colhe frutos de imensa magnitude. É um evento de alto nível e alto impacto social”, compartilhou o decano Abimael.

É possível também conhecer sobre o ambiente que cercava o dinossauro Tito por meio de realidade aumentada. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

AS NOVAS EXPOSIÇÕES – As atrações Jardim do Cretáceo e Jardim do Cerrado fazem parte da mostra Desvendando a vida, que integra as atrações permanentes do museu. A exibição leva o visitante a uma viagem entre o passado e o presente. Entre as duas atrações, é possível ainda entender mais sobre o planeta com a exposição Desde quando o mundo é mundo? A origem e evolução da Terra.

 

“Estamos trazendo duas novas apresentações, uma delas sobre o dinossauro 100% brasileiro, que vivia em Marília, São Paulo. Quando você sai do dinossauro e do passado, pode vir para o presente e chegar no Jardim Louise Ribeiro, e lá temos o Jardim do Cerrado atual. Um jardim que foi construído para manter uma memória a não ser esquecida [a vida da estudante de Biologia Louise Ribeiro, vítima de feminicídio, em 2016], para que nada daquilo aconteça de novo. É também um espaço que traz a beleza do Cerrado sendo celebrada aqui”, explicou a professora Júlia.

 

No Jardim do Cerrado, é possível encontrar pegadas de animais da região e uma demonstração de como é a vida dentro de um cupinzeiro, além de plantas típicas do bioma. Já o Titanossauro de Marília (SP), foi um herbívoro descoberto em 2009, pelo paleontólogo William Roberto Nava. Foram encontrados quase 70% da ossada do espécime, que, atualmente, é estudado pelo professor Rodrigo Santucci, da Faculdade UnB de Planaltina (FUP), também um dos responsáveis pela montagem da réplica exposta. Para quem conseguir agendar a visita antecipadamente, também é possível participar de uma experiência imersiva por meio de óculos de realidade virtual.

 

As novas atrações encantaram visitantes, como Vitória Maria Carvalho, do sexto semestre de Biologia. “Eu vim participar como visitante e trouxe a minha família, meu irmão e minha prima. A Universidade proporciona esse espaço de lazer, que é muito divertido e ainda oferta um momento educacional para as crianças”, ressaltou.

 

O evento Desvendando a vida: Semana do Ensino e da Divulgação Científica, acontece até 11 de maio e ainda tem atividades com vagas disponíveis. Os interessados podem se inscrever aqui.

 

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